quem sou eu nesse mundo de meu deus
cheio de becos, buzinas
esquinas de trânsito
cruzamentos
panfletos de novos condomínios
paralelepipedos
no Largo da Mariquita me miro e me vejo no espelho da livraria piramidal. alguém que me olha ao meio dia mirando o mundo, não imagina que tento cumprir a angustiante, estéril e inútil tarefa de decifrá-lo. sem muito sucesso.
miro em mim um verso
questiono
quase me abandono
puro existencialismo
na praia da paciência, um buraco, reticências
que dá pro mar de ondas frias e pedras de agonia apontadas para quem quer se jogar
e morrer de maresia
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