quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Corpo

Um homem de 25 anos
1/4 de vida
Na América do Sul
Está tentando dançar
Ou recordar em seu corpo
A natureza esquecida
Moldada pelo tempo
Como a erosão
Só que em um corpo que já foi mole
E que hoje já não é mais

Um retalho com as marcas
De uma carne viciada
É o corpo
Já acostumado a não ser esguio
Peitos para frente

Uma carne ressonante
Querendo aprender a ser levado
Pela música do Ballet
Contemporâneo

Com pés descalços
Ele quer se encontrar
E só arriscando poderá dançar
Seu corpo agoniza, anseia

No chão, um passo
Outro

Memórias do corpo

2 comentários:

Lóren Kaiza Saigg disse...

Quanta coisa bonita! Poetas hoje em dia são os raros.. Parabéns;

Herculano Novaes de Aragão disse...

Muito interessante!