Um homem de 25 anos
1/4 de vida
Na América do Sul
Está tentando dançar
Ou recordar em seu corpo
A natureza esquecida
Moldada pelo tempo
Como a erosão
Só que em um corpo que já foi mole
E que hoje já não é mais
Um retalho com as marcas
De uma carne viciada
É o corpo
Já acostumado a não ser esguio
Peitos para frente
Uma carne ressonante
Querendo aprender a ser levado
Pela música do Ballet
Contemporâneo
Com pés descalços
Ele quer se encontrar
E só arriscando poderá dançar
Seu corpo agoniza, anseia
No chão, um passo
Outro
Memórias do corpo
2 comentários:
Quanta coisa bonita! Poetas hoje em dia são os raros.. Parabéns;
Muito interessante!
Postar um comentário